São dois amigos cruéis.
Quando um diz: Zás Zás bas´trás,
O outro anda aos papéis..
São homens politiqueiros
Com vontade de sorrir
Enganam povos inteiros
E põem-nos a tinir.
E que dizer do Barroso
Que deixou logo o poleiro
Muito, muito esperançoso
Em ganhar muito dinheiro.
Vão-se anéis, fiquem os dedos
É ditado popular;
Com estes cruéis enredos
Parecem o Sal-azar.
O azar é do povinho
Que os colocou no poleiro
Ébrio de muito vinho
Já depois do Sá Carneiro.
Com todas as carneiradas
O mexilhão 'stá lixado
Já não aguenta as piadas
Por ter que comer fiado.
Agora já sem vintém
Aparece a crise grande
Não se sabe o que aí vem
Nem se há alguém que mande.