Ora agora mandas tu;
Pareces o camafeu,
Que deita a mão no baú.
Exmo. Sr. PresidenteHoje, um outro Senhor informou-me que antes de ontem andou no parque uma equipa da Câmara e que pelo que ele ouviu, pensava que eu era a única pessoa que deitava de comer aos patos e acusando-me das coisas mais impróprias.
Serve este eMail para o pôr ao corrente de várias imprecisões de que eu tenho sido alvo em relação ao meu comportamento no Parque Urbano.
Ontem, o Vigilante informou-me que a Câmara tomou providências em fazer a limpeza dos ratos que possam viver no Parque. Aconselhou-me em tirar a comida (milho traçado) que costumava deitar numas gamelas num boieiro (ou sarjeta) que liga para o lago, o que fiz ainda nessa manhã e com a ajuda de um outro senhor vizinho do parque, lavámos esse lugar, na parte da tarde, com um balde que esse senhor disponibilizou.
Lugar da sarjeta que foi improvisada para comedouro dos patos ainda pequeninos.
Por isso devo informar do seguinte que eu tenho sido o mais correcto e na medida do possível eu tenho-me empenhado para que a operação de alimentação dos patos seja cada vez melhor de modo a obter cada vez mais e melhores níveis que tanto beneficiam os patos como o ambiente do parque e os sues visitantes em TODOS os sentidos.Sei que antes de Janeiro, altura em que eu nem sequer sabia que os 7 magníficos patos que nasceram no lago eram patos reais, tanto a pata como o macho que a galou e que desapareceu iam, por vezes, comer às portas do restaurante completamente cheios de FOME, pois um pato real só faz isso, a ponto de baterem com o bico nos vidros do Restaurante, quando estão muito cheios de FOME e o que lhes deitavam eram uma fatias de pão de forma, numa vasilha. Mesmo em Janeiro, os 8 (a coquinhas-mãe mais os 7 magníficos) patos ainda andavam muito esfomeados. Vi os empregados do restaurante deitarem-lhes de comer pão para dentro do lago, logo de manhã. Mas com o entusiasmo vário pessoal começou a trazer-lhes vária comida, desde pão, a arroz e até comida para cães e em especial milho traçado e milho grosso inteiro. Com a vinda do milho os patos começaram a rejeitar o pão.Até vi um empregado do restaurante deitar lá um balde com uma papa de muito pão molhado.
Eu nunca comprei pão para os patos, pois é muito mais caro que o milho (40 cêntimos o Kg, na feira), mas deitava algum pão que algumas pessoas deixavam nos canteiros do jardim. Aos canteiros iam os ratos que roíam os sacos e o que as pessoas deitavam no lago poluía em parte o lago e na relva era para as gaivotas e muito dos alimento que era em abundância era deixado junto às escadas de madeira na margem SW do lago.
Veja também aqui:
No domingo de Páscoa contei mais de 30 gaivotas a banhar-se no lago, muito perto destas escadas. Vi que a sua principal atracção era a abundância de comida. Também vi que as gaivotas recusavam o milho grosso. Como estava perto o nascimento da 2ª ninhada da pata Cocas que teve apenas 3 dos quais vingaram apenas 2, comecei a pedir às pessoas que não deitassem comida ao alcance das gaivotas para facilitar o trabalho de defesa da mãe pata contra a possível agressão das gaivotas e muita gente comovida aceitou a minha sugestão. Agora vejam a relva nesse sítio que é abundante, e nessa altura o chão estava careca.
A partir de aí comecei eu a comprar comida (apenas milho grosso e traçado) e a gerir alguma comida geralmente pão de algumas pessoas que me pediam e utilizei gamelas de plástico que coloquei fora do alcance das gaivotas. Tudo a serviço voluntário, isto é, não remunerado, ao contrário do serviço de um mercenário.Por fim, não só para calar a boca a críticos que nada sabem nem NADA querem fazer além de criticar, ajudado pelos próprios patos descobri a solução melhor que era colocar a comida na tal sarjeta e os patos iam lá comer.Agora os patinhos já cresceram e mal cabem na entrada da sarjeta que a liga ao lago e veio tudo a calhar ao encontro da chamada desratização dos ratos (que assim nascem ratos) apesar de serem prejudiciais, por vezes, ao homem, são MAIS inofensivos que alguns seres humanos que sem razão válida actuam como ratos.
Mas continuei a procurar e a arranjar novas soluções, adaptadas às circunstâncias, como pendurar gamelas nos cabos da instalação eléctrica que alimenta as lâmpadas que estão à volta da parte de dentro do lago,Há já alguns dias, por motivos que apenas suspeito, veio o gerente do Restaurante a meter-se comigo, não sei se de boa ou má fé, a ponto de até me empurrar, o que desqualifica as suas «boas» intenções, que relatei no «face-book» cujo link deixo a seguir:
A minha última descoberta está na sugestão que há dias enviei a V. Exa. e que consistia em construir 2 canteiros para arbustos e flores, dentro do lago, um de cada lado do palco, que não só embelezam o lago e o palco, como serão de grande utilidade aos pequenos animais «patos reais» para aí comerem, pernoitarem e descansar ao abrigo das pombas (que são suas rivais na alimentação); das gaivotas, apesar de já terem desaparecido quase por completo e até dos ratos mais pequenos, já que nunca vi no parque ratazanas, mas apenas uns ratinhos pequenininhos, que fogem a todo o gás dos outros animais.Assim, pedia o favor de em vez de interpretarem mal as minhas palavras e acções, convide as pessoas ligadas à Câmara a não fazerem juízos temerários acerca do que não viram com os seus próprios olhos, pois até a fotografia pode ser usada com a intenção de distorcer a verdade, principalmente na mente de pessoas que têm no seu subconsciente um pouquinho de inveja por não terem tempo nem vontade de fazer coisas que apenas devem ser louvadas ou pelo menos não serem alvo de criticas descabidas de pessoas com pose de arrogância.
Esperando a compreensão de V.Exª subscrevo-me com elevada consideração.
Manuel Portugal PiresNo dia 20 de Agosto de 2013 às 22:53, Manel Pires <414449@gmail.com> escreveu:Ex.mo Senhor Presidente
Muito obrigado pela atenção e espero que tudo corra à feição de modo a que a minha sugestão não seja apenas aprovada como aperfeiçoada, na medida do possível.
Com os melhores cumprimentos
Os patinhos agradecem
E os habitantes de Ermesinde também:
Manuel Portugal Pires